terça-feira, 31 de agosto de 2010

Atividade Prática para outubro

Olá, nossa próxima atividade prática será para 04/10/2010. Deixarei uma reportagem no xérox, para que vocês façam o seguinte:

Elabore uma reflexão crítica sobre as metodologias utilizadas pelos professores de alunos com deficiência intelectual citados na reportagem, posicionanando-se a favor ou contra,sempre justificando seu posicionamento com argumentos teóricos já levantados no projeto ou de seu
conhecimento teórico-prático.

Fotos do 6° Encontro









segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fotos do 5° Encontro









Jogo da memória



Pares de desenhos


frente e verso das caixinhas: as imagens são retiradas da internet

Este é um modelo bem simples de jogo da memória, material muito importante para estimular o desenvolvimento cognitivo de alunos com deficiência intelectual, podendo ser usado tanto na sala comum, como na sala de recursos multifuncionais. Para fazê-lo, encape caixas de fósforo com papel colorido (uma só cor para todas as caixas) e cole figuras numa das faces maiores, criando pares de desenhos idênticos. Aproveite para explorar a ideia de classe, usando temas como animais, objetos da escola, brinquedos, comidas, plantas....De preferência, trabalhe com figuras que retratam os temas escolhidos na realidade (plantas de verdade, animais de verdade), e não a representação disforme de muitos joguinhos comprados. Você pode colocar isopor dentro da caixinha para torná-la mais durável e encapr com papel contact para preservá-la ainda mais.!!!!Aproveite e dica brincando. Que tal testar a sua memória?!!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Memórias

Ao relembrar meus tempos de estudante, surgiu em meio às minhas lembranças um fato importante que hoje, ao fazer parte de grupos de estudos que discutem a temática educação inclusiva, fez-me refletir.
Refere-se a Beatriz, uma menina de treze anos de idade com Paralisia Cerebral. Decorrente dessa paralisia, além de ter os movimentos dos membros inferiores afetados, sua fala também foi prejudicada.
Acredito que de todas essas dificuldades, a falat de comunicação era a que mais dificultava sua interação com as outras crianças, visto que a linguagem é o principal instrumento utilizado pelo homem para se comunicar.
Decorrente dessas limitações, sua aparência também saía fora dos padrões estabelecidos para uma pessoa dita "normal". Assim, as pessoas jamais pensariam que ela fosse capaz de pensar e compreender. Por isso, era simplesmente deixada de lado e ignorada.
Na sala de aula, não posso dizer como ela era tratada, pois estudava na sala ao lado, mas no intervalo sua presença não era muito agradável para os demais.
Quanto à minha atitude com Beatriz, não posso negar: tive medo, receio por não saber como lidar com ela. Acredito que isso fosse pelo fato de não conhecer essa deficiência, pois todos temos medo do desconhecido.
Lembro-me, porém, que ao observá-la no intervalo ficava pensando se não seria ruim para ela ficar sozinha, pois Beatriz poderia se sentir excluída. Resolvi então me aproximar dela, quase todos os dias me aproximava dela. Preocupada, resolvi conversar com a pessoa que ficava cuidando dela no recreio. Disse-lhe que Beatriz parecia querer falar comigo. A cuidadora, no entanto, logo me respondeu: "Não, não!!! Ela não quer nada não! Pode ficar tranquila, que ela nem sabe pensar!"


Memória escrita por participante do projeto.

Gostaria muito que refletissem, caros leitores, sobre a frase proferida pela cuidadora de Beatriz. Será que ainda hoje as pessoas falam assim sobre quem apresenta alguma deficiência?! O que vocês pensam dessa fala? É um alerta para todos nós...

Memorial

Nasci em uma fazenda, onde passei a minha primeira infância, longe das tribulações da cidade, lugar pacato, tranquilo e maravilhoso. mas nem tudo dura para sempre, chegou co momento em que meus irmãos e eu deveríamos ingressar na escola. E assim mudei-me para a cidade. Cidade pequena, mas para mim era enorme pela simplicidade em que eu vivia na fazenda. Lugar este que tudo que precisávamos teria de ser comprado, enquanto no campo a gente mesmo produzia. Nesta cidade, havia apenas algumas mercearias, mas tinha um "mercadão" onde grande maioria da população frequentava. E nessas idas e vindas a este mercadão para compra de carnes e verduras, deparava-me com algumas pessoas "diferentes", assim consideradas por mim naquela época. Pessoas essas deficientes, uma física, outra mental, mas uma me chamava mais a atenção, porque era muito "diferente". Eu a chamarei aqui de Glorinha. Ela era baixinha, clara, cabelos lisos e rosto arredondado, olhinhos puxados e não conseguia falar corretamente. Não tinha noção nenhuma do porquê daquela menina ser daquele jeito. Muitas vezes, ela tentava se comunicar comigo, mas achava que era "doida" e eu até falava palavras que a hostilizava.
O tempo passou, mas nunca esqueci a Glorinha. Estudei, terminei o Ensino Médio, fiz faculdade, aí descobri o por que eu achava Glorinha diferente: ela tinha Síndrome de Down. Numa das minhas especializações, fiz um trabalho específico sobre a síndrome, quando adquiri conhecimentos sobre o que era a síndrome de Down. Passaram-se mais alguns anos. Casei-me, tive filhos e, por incrível que pareça, minha filha nasceu com essa síndrome. Hoje, sei quase tudo sobre o assunto, que a síndrome refere-se a um atraso no desenvolvimento motor e cognitivo, e que são crianças lindas, amáveis como todoas as outras. Ainda hoje, visito a Glorinha e entendo agora perfeitamente suas limitações e o quanto sofreu em toda a sua vida com pessoas que a hostilizavam várias vezes na rua, como eu mesma fiz por falta de conhecimento.
Atualmente, sou a favor da inclusão, pois é a única forma de fazermos igualdade para todos. Todos nós somos diferentes, pois se fôssemos iguais, não teria graça nenhuma.

Memória escrita por ULLA, pseudônimo de uma particpante do projeto.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Memórias da Extensão

Meu Herói

É com orgulho e satisfação que escrevo, em poucas linhas, o que para mim serviu de exemplo por longos anos, ou melhor, para minha vida inteira.
Essa pessoa que tanto me ensinou e me deixou um legado que jamais esquecerei, farei um breve resumo de sua trajetória, a quem darei o nome carinhoso de Lucas.
Lucas nasceu de uma família numerosa, tinha uma infância tranquila como toda criança de sua faixa etária, gostava de nadar e jogar futebol, mas, no auge de sua adolescência, foi acometido de uma terrível doença que veio a tolher sua juventude e o deixou acamado por longos anos. Mas sua vontade de vencer era maior e mais forte que a doença. Ele superou, aos poucos, reaprendendo a andar. Com a ajuda de muletas, se firmou fisicamente, aprendeu uma profissão, constitui família e foi honrado enquanto cidadão.
Foi com essa pessoa maravilhosa que eu convivi durante 25 anos que me ensinou e me conscientizou, em décadas passadas, quando a palavra INCLUSÃO ainda era desconhecida por grande massa da sociedade, ele já lutava e defendia seus direitos. Guardo vivo na lembrança quando ele chegava magoado e reclamava que fora humilhado por "ser um deficiente físsico", mas essa humilhação ele a transformava em coragem para lutar pelos seus direitos e de outras pessoas que sentiam as mesmas frustrações.
Como afirmei no início desse texto, venho de novo ressaltar o orgulho e a aprendizagem que essa convivência me proporcionou, pois essa pessoa a quem dei o nome de Lucas eu carinhosamente chamava de PAI!!
Memória escrita por uma das participantes do Projeto de Extensão.

terça-feira, 3 de agosto de 2010