terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fotos do 14° (Penúltimo) encontro...

























Os participantes discutiram reportagens que comentavam sobre a prática pedagógica de professores de alunos com deficiência intelectual e apontavam diversas sugestões metodológicas para se promover a inclusão e o desenvolvimento congnitivo desses alunos. Ao final do encontro, socializaram rapidamente seus planos de aula. Valeu pela contribuição de todas!!!!







































































segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Plano de aula na proposta Histórico-Crítica

PLANO DE AULA 05 Professora: LENI APARECIDA SOUTO MIZIARA

Disciplinas: Língua Portuguesa/Matemática/Geografia/História/Ciências/Artes

TEMPO DE DURAÇÃO: 20 aulas

TURMA: 2º Ano
1 – PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO
1.1 – Título da unidade de conteúdo: MEIO AMBIENTE

2.0 - CONTEÚDOS:

2.1 - LÍNGUA PORTUGUESA
· Texto narrativo MEIA PALAVRA NÃO BASTA
· Linguagem oral e escrita da história;
· Análise do texto;
· Escrita espontânea;
· Sequencia do texto – Ilustração (início, meio e fim);
· Reescrita coletiva do texto / Revisão do texto;
· Letras maiúsculas e minúsculas;
· Nomes comuns e próprios;
· Ortografia;
· Pontuação;

2.2 – MATEMÁTICA
· Leitura escrita, comparação, ordenação, seriação, sequencia numérica das unidades, agrupamento, calculo mental;

2.3- GEOGRAFIA
· A criança e o meio transporte
· A criança e as noções de tempo, lateralidade.

2.4 HISTÓRIA
· A criança e suas relações com o meio ambiente (meio ambiente e animais ontem e hoje)

2.5 CIENCIAS
· Conhecimento dos componentes do ambiente (água, ar, solo e seres vivos)
· Importância da preservação do ambiente
· Utilização racional da água

2.6 ARTES
· Formas de expressão (desenho, pintura, colagem, modelagem, canções, dramatizações)

2.7 EDUCAÇAO FÍSICA
· Dança e jogos

3 - COMPETÊNCIAS/HABILIDADES
· Conhecer as diversas espécies de animais que vivem na natureza;
· Identificar os animais mamíferos dentre as diversas espécies;
· Identificar as características desta espécie
· Demonstrar atitudes de conservação e preservação em relação ao meio ambiente
· Reconhecer a importância do uso racional da água;
· Identificar o espaço dos animais silvestres e domésticos;
· Identificar os animais que são uteis como meio de transporte
· Realizar diferentes tipos de contagem a partir do painel
· Representar quantidade numericamente
· Relacionar quantidade ao numeral
· Resolver situações problemas por meio de estratégias não – convencionais e convencionais
· Correspondência entre a oralidade e a escrita.
· Participar efetivamente de situações de comunicação oral expressando-se a partir do reconto de uma história seguindo uma sequencia lógica de narração.
· Desenvolver a linguagem escrita;
· Refletir sobre as características do sistema alfabético;
· Expressar nas linguagens artísticas, mantendo uma atitude de busca pessoal e ou coletiva articulando a percepção, a emoção, imaginação, a sensibilidade, a criatividade e a reflexão ao realizar, apreciar e fruir produções em artes.
· Expressar ideias e opiniões frente a atividades desenvolvidas
· Desenvolver diferentes formas de movimentos corporais.

4 – VIVÊNCIA COTIDIANA DO CONTEÚDO ( o que os alunos já sabem a ser ministrado)
O que é meio ambiente? Ultimamente o que vocês têm ouvido sobre meio ambiente?

4.1 – O que os alunos gostariam de saber a mais sobre o conteúdo?

4.2 – PROBLEMATIZAÇÃO (discussão sobre o conteúdo)
· Por que é importante estudar sobre meio ambiente?
· No Brasil quais são as principais políticas de preservação ao meio ambiente?
· O que o governo está fazendo para protegê-lo?
· Na sua casa, o que tem conversado com os seus pais sobre meio ambiente?
· Que medidas têm tomado para preservar a água?
· Você tem animal de estimação? O que faz para preservar a saúde dele?

4.3 – Dimensões do conteúdo a serem trabalhadas na instrumentalização

Conceitual- O que é meio ambiente?

Histórica: Como era o meio ambiente na época dos nossos avós, pais? Como eram os animais? Antes tinha mais animais que hoje, por quê?

Geográfica: Em quais regiões do Brasil, do estado e do nosso município tem mais animais silvestres? E animais domésticos?

Econômica: O Ministério da saúde tem gasto muito por causa do meio ambiente? Quanto custa ficar um dia todo com a torneira ligada? Fica caro manter um zoológico? Há aumento de despesas para as escolas/pais/país por conta da falta de consciência dos alunos se não preservar as carteiras, cadernos, não desligar as luzes?

Social: A falta de conscientização sobre a preservação do meio ambiente afeta mais que classe social? Qual a classe social está mais/menos preocupada com o meio ambiente?

Legal: Há leis de preservação do meio ambiente?Os animais tem direito assegurado na legislação?
Política: Como o governo federal, estadual e municipal está atuando nesta causa?

5 – INSTRUMENTALIZAÇÃO.
5.1 – AÇÕES DOCENTES. (atividades a serem desenvolvida em cada disciplina)

Língua Portuguesa
1ª ATIVIDADE
Criar expectativas nos alunos com relação ao livro: Meia palavra não basta, de Maurício Veneza, São Paulo, Atual. 1998. (aqui apenas digitei o texto)


O guaxinim passou correndo pelo tamanduá. Curioso, o tamanduá perguntou ao guaxinim aonde ele ia com tanta pressa. O guaxinim respondeu, mas o tamanduá não ouviu direito. Só deu para entender que a palavra terminava em “eiro”. — Dinheiro? Deve ter alguém dando dinheiro! Vou lá também!E desandou a correr atrás do guaxinim.Os dois passaram correndo perto do cachorro-do-mato.— Aonde vocês vão correndo desse jeito? — perguntou ele.— Dinheiro! — respondeu o tamanduá, sem diminuir a carreira.— Bombeiro!? — exclamou o cachorro-do-mato.— Será que a mata está pegando fogo?Saiu então correndo atrás do tamanduá, que corria atrás do guaxinim,O sapo viu os três correndo e perguntou:— O que está havendo? Que pressa é essa?— Fogo!— gritou o cachorro-do-mato.— Jogo!?— Ih, é mesmo! Acho que a decisão do campeonato já começou!E foi pulando atrás do cachorro-do-mato, que corria atrás do tamanduá, que corria atrás do guaxinim.Vendo aquela correria, a ema perguntou o que estava acontecendo.— Começou! — gritou o sapo.— Tropeçou? Quem tropeçou?Ih, caiu, está machucado? — assustou-se a ema.E lá foi ela correndo atrás do sapo, que pulava atrás do cachorro-do-mato, que corria atrás do tamanduá, que corria atrás do guaxinim.Logo o grupo chegou à casa do guaxinim, que entrou esbaforido, deixando os outros do lado de fora. Depois de um tempo, voltou sorrindo aliviado. Só então percebeu a presença dos outros bichos em frente à sua casa.— Ué, o que vocês estão fazendo aí?— Ué digo eu, guaxinim— disse o tamanduá. — Cadê o dinheiro?—E o incêndio? A mata não está pegando fogo?— perguntou o cachorro-do-mato.— E o jogo? Não é hoje a partida decisiva?— indagou o sapo.—E quem tropeçou? — perguntou a ema.— Ficou muito machucado?— Não tem nada disso não, pessoal! Respondeu o guaxinim.— Então por que você estava correndo daquele jeito?— Eu vim correndo porque estava morrendo de vontade de ir ao banheiro.

2ª Atividade: Interpretação oral e escrita do texto:
a) Por que o guaxinim estava correndo tanto?
b) Qual foi o último bicho a seguir guaxinim? Por que ele fez isso?
c) Que bicho da história você acha que gosta de música? Por quê? (explorar bem capa do livro antes)
d) Você gostou do final da história? Se fosse o guaxinim o que ofereceria para os amigos?

3ª Atividade
Agora complete na folha o parágrafo com os respectivos nomes dos animais.
O ------------------PASSOU CORRENDO PERTO DO--------------
CURIOSO O -------------------------PERGUNTOU AO--------------
AONDE ELE IA COM TANTO PRESSA. O ---------------------- RESPONDEU, MAS -----------------------------------NÃO OUVIU DIREITO.

4ª Atividade.
O guaxinim, o tamanduá, o cachorro-do-mato, o sapo e a ema são bichos das florestas brasileiras. Não podemos cuidar deles em casa, como fazemos com o gato, o cachorro e o passarinho.
Vamos fazer uma pesquisa dos nomes de outros bichos que vivem na floresta brasileira? (sala de tecnologia).

CIÊNCIAS

5ª Atividade. Cartaz ilustrado dos personagens. Pesquisar figuras dos animais apresentados na história. (sala de tecnologia)

5ª.1 – Pesquisar sobre o mamífero guaxinim (sala de tecnologia)

6ª. Atividade Complete o quadro a partir dos nomes dos personagens da história Meia palavra não basta e do painel do cantinho de ciências.

Nome dos personagens (Organize uma tabela com essas informações, sendo os atributos postos na primeira linha da tabela e o nome dos animais na primeira coluna à esquerda )
Letra Inicial
Letra Final
Separe as sílabas
Quantidade de letras
Quantidade de Sílabas

Guaxinim

Tamanduá

Cachorro do mato

Ema


Sapo

Onça


Macaco


7ªAtividade – Ligue o desenho do animal ao nome correspondente e separe as sílabas.
CACHORRO ______ ______ _______

colocar fotos dos animais GUAXINIM _______ _______ _______
TAMANDUÁ ____ ______ _____ ____
SAPO _____ _____

8ª Atividade. Dos animais relacionados abaixo, escolha oito nome e monte sua cartela de bingo:
Cachorro – gato – galinha – galo – pato – pintinho – porco – guaxinim – tamanduá – ema – sapo – onça- cavalo – bezerro – burro – borboleta- arara – coruja.


Fazer tabela com 3 colunas e 4 linhas


9ª Atividade - Faça um x na frase que aparece o ponto de interrogação.

Onde vocês vão correndo deste jeito?
E começou a correr atrás do guaxinim.

O sapo viu os três correndo e perguntou:

EDUCAÇAO FÍSICA
Coreografia da música: Paraíso Colorido ou o sono dos bichos

10ª - Atividade – Passar a letra da música no papel pardo e ler coletivamente passando o dedo sobre as linhas.

11ª - Atividade - Distribuir a cópia da letra da música e ajudar as crianças localizarem o seu título, o intérprete e o compositor. Informar que a música está organizada em estrofes e ajudar as crianças a localizarem e contar cada estrofe.

12ª - Atividade - Com o auxílio de um aparelho de cd, propor aos alunos cantar a música e ir acompanhando a letra com o dedo, tendo cuidado para que o dedo acompanhe o que o olho vê e o que a boca fala.

13ª Atividade - Em seguida desligar o aparelho de CD e propor a turma uma leitura coletiva da letra da música. Orientar as crianças a utilizarem o dedo para acompanhar o que está escrito.

14ª Atividade - Orientar as crianças a procurarem e circularem na música somente o nome do bicho ditado. Nesse momento dosar os desafios de forma a possibilitar que todos consigam encontrar a palavra indicada:
- Quero que vocês procurem o nome elefante.
[...]
- Quem já circulou pode mostrar para o colega do lado. Quem já achou responda em qual estrofe ele está.
- Tem alguém que ainda não achou? - Com que letra começa o nome elefante? -
[...]
- Vamos ajudar o colega? Em que linha da penúltima estrofe está escrito vaquinha?
[...]
- Então prestem atenção! Eu quero que agora vocês me ajudem a escrever aqui no quadro a palavra vaca. - Prosseguir dessa forma com todos os nomes de animais selecionados para as crianças procurarem na música. Ao concluir o momento de identificação das palavras, solicite às crianças que ilustrem a música.

MATEMÁTICA
Elaborar situações problemas, interpretação de tabelas, gráficos contendo informações sobre animais:
15ª- Observe os desenhos e responda: (organizar dois conjuntos de desenhos, com dois tamanduás e 4 sapos, por exemplo)
a)Quantos tamanduás?
b)Quantos sapos
c) Quantos animais ao todo?
d)Quantos sapos a mais?
e) Quantos tamanduás a menos que sapos?

16ª Atividade– Escreva os numerais de 0 a 5.

17ª Atividade– Há 5 personagens na história Meia palavra não basta. Queremos acrescentar mais 3 na nossa história com os animais do painel do cantinho ciências . Com Quantas personagens ficaremos?

GEOGRAFIA:
Pintar de amarelo no mapa mundi onde tem mais animais silvestres. Destacar no Brasil de cor verde a região amazonas e rosa o pantanal;
Pesquisar animais sendo uteis para meios de transportes.

ARTES:
Dramatizar a história meia palavra não basta.
5.2 – AÇÕES DISCENTES:
Desenvolver as atividades propostas com auxilio dos professores e colegas.

6.0 – RECURSOS
Livro, lousa, papel sulfite, informática, canetão, tesoura, cola, revistas...
7 – CATARSE.

18ª Atividade Elaborar um texto sobre o meio ambiente

8. - PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO

8.1 – INTENÇÕES DO ALUNO
8.2 – AÇÕES DO ALUNO
- Desenvolveram a linguagem escrita

-Descobriram o que está escrito e onde

-Refletiram sobre as características do sistema alfabético

- Valorizaram o trabalho em parceria


ANÁLISE DO PLANEJAMENTO

Ao elaborar este plano docente tive o máximo cuidado para que ao desenvolvê-lo possa ter a existência de vinculações entre os principais atores envolvidos no processo ensino aprendizagem, ou seja, para que haja “estreita relação entre professor, aluno e conhecimento organizado no currículo” (SACRISTAN, 2000. P. 220).
As atividades elaboradas desta maneira, com certeza, favorecerão a uma aprendizagem mais significativa e, sobretudo voltada para a transformação social. Nesse caso, sublinho a necessidade dos professores e coordenadores pedagógicos investirem em planejamentos com atividades criativas, desafiadoras. Pois as tarefas segundo Sacristan (2000, p. 232-233) transformam-se em

[...] em elementos nucleares estruturadores do comportamento profissional dos docentes dentro dos âmbitos escolares porque facilitam que estes desenvolvam com certa desenvoltura no ambiente de classe e realizem as funções básicas que a instituição escolar tem atribuída pela sociedade [...].

Outrossim, este plano foi elaborado consoante a pauta de observações das dimensões das tarefas sugeridas por Sacristan ( 2000, p. 277 -278- 279) no que concerne ao:
· conteúdo
· substantividade epistemológica
· valor cultural
· relevância das aprendizagens inferidas para a vida
· atualidade e vigência científica
· ordenação dos conteúdos
· inter-relacionar conteúdos
· papel do aluno
· processos de aprendizagem
· conexão da experiência acadêmica com a experiência prévia
· compreensão dos tipos de aprendizagem
· análise de objetivos, motivação
· adequação à maturidade dos alunos
· adequação do tempo
· funções do professor
· Materiais
· adequação do tempo
· avaliação

Portanto, para se sonhar com uma educação inclusiva, mediadora da formação crítica dos educandos, é necessário repensar o currículo. Ele deve ser “entendido como a cultura real, que surge de uma série de processos, decisões prévias acerca do que se vai fazer no ensino e as tarefas acadêmicas reais que são desenvolvidas” (SACRISTAN, 2000, p. 86 – 87).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SACRISTAN, J. Gimeno. O CURRÍCULO: uma reflexão sobre a prática. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Borboletas de Zagorsk [BBC, 1992]: Parte VI - Final

Borboletas de Zagorsk [BBC, 1992]: Parte V

Borboletas de Zagorsk [BBC, 1992]: Parte IV

Borboletas de Zagorsk [BBC, 1992]: Parte III

Borboletas de Zagorsk [BBC, 1992]: Parte II

Borboletas de Zagorsk [BBC, 1992]: Parte I

PLano de aula

PLANO DE AULA - Participantes: Camila Garcia Silva e Lara Monieli Rodrigues dos Santos
Objetivos
- Identificar o personagem principal dos quadrinhos.
- Planejar, produzir e revisar os desenhos e o texto dos quadrinhos
- Verificar o domínio de cada aluno em relação à modalidade da linguagem escrita.
Conteúdo: Produção de texto e história em quadrinhos
Ano: 5º Ano
Tempo Estimado: 2 meses
Material Necessário: Lápis de cor, folhas sulfite, lápis, borracha, gibi.
Desenvolvimento (metodologia e flexibilizações necessárias)
Pedir para que os alunos construam uma história em quadrinhos e identifiquem os personagens da história. No final, expor para a sala sua história.
Formar grupos de 3 para que, assim, os alunos auxiliem e ajudem a criança com deficiência.
Apresentar uma história em quadrinhos para que sirva de modelo para que elas construam a sua própria historia.
A criança com deficiência intelectual pode começar antes que as outras, pois ela necessita de uma atenção mais dedicada a seu trabalho. Além disso, podemos começar antes a produção dela para que consiga apresentar a sua produção no final, junto com os outros alunos, sempre respeitando e valorizando as habilidades e o tempo deste aluno. A criança pode contar com a ajuda dos pais e de monitores ou mesmo do professor especializado da sala de recursos multifuncionais.
Avaliação
Analisar os textos de acordo com os padrões formais de escrita, ou seja, troca de letras, concordância verbal e nominal, pontuação. Também verificar se o aluno construiu um clímax para a história, com coerência no conteúdo e desfecho. Verificar, pelos desenhos, a coordenação motora das criança.Por fim, realizar com a turma a apresentação final dos quadrinhos

terça-feira, 23 de novembro de 2010

PLANO DE AULA CURSO DE EXTENSÃO – UEMS DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
CURSISTAS: Ellen Cristina da Silva Souza
Maria Jose Ferreira Borges
Selma Rosa Lucas da Silva
MODALIDADE : ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIE :6º ANO
CONTEÚDO: A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA A VIDA.
OBJETIVOS:
1 – Compreender a importância da água para a vida no planeta;
2 - Conhecer os estados em que se encontra a água;
3 – Desenvolver atitudes de conservação e preservação da água;
4 - Valorizar o meio ambiente.
TEMPO ESTIMADO: 06 aulas
MATERIAL USADO:
- lápis de cor, canetinha, giz de cera ou tinta de várias cores , cartolina, esponja, revistas, tesoura, cordão, palito de picolé ou grãos, aparelho de som, espelho, recipientes transparentes, gelo, máquina fotográfica, filmadora, globo terrestre, mapa hidrográfico.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS TRABALHADOS PELO PROFESSOR COM O ALUNO:
1- Importância da água para a vida;
2- Os estados físicos da água;
3- Atitudes de conservação e preservação da água.
4- Valorização do meio ambiente e da natureza para a vida no planeta.
ESTRATÉGIAS E RECURSOS DA AULA
1º MOMENTO
O CONTEXTO DO TEMA
O professor deve observar como as crianças usam a água na escola para iniciar o estudo de forma significativa. (este momento poderá ser feito com uma filmadora na hora do lanche ou recreio dias antes).
Na roda de conversa, comentar que tem observado que algumas crianças enchem o copo e não bebem toda a água, que deixam a torneira aberta enquanto lavam as mãos. Em seguida apresentar a filmagem, para que eles mesmos se observem. A partir daí, problematizar:
1- De onde vem a água?
2- Será que existe muita água no planeta para beber?
3- Como utilizamos a água no dia-a-dia?
4- Como encontramos a água? Ela é sempre líquida?
5- Como devemos fazer para cuidar da água?

PORTADORES DO TEXTO
Registre a fala das crianças nesse momento para depois confrontar com as informações e conhecimentos construídos durante o estudo. Essas questões vão guiar o estudo do tema.
Proponha, após a conversa, escrever coletivamente uma lista de situações em que se usa a água. Registre a fala das crianças no quadro ou numa cartolina.
Durante o estudo, podemos propor a produção de uma cartilha contendo dicas de como preservar a água ou mesmo uma campanha dentro da escola com panfletos organizados pelas próprias crianças sobre 10 boas maneiras de preservar e conservar a água no planeta
FLEXIBILIZAÇÃO DE RECURSOS
Sempre que possível fotografar todos os momentos de produção dos alunos , para fazer um mural na finalização das atividades.
2º MOMENTO
LEIA O TEXTO:
A água é um recurso natural único, escasso e essencial à vida, distribuído de forma desigual no planeta. De toda água existente no planeta, 97,5% é salgada e apenas 2,5% é doce. Grande parte da água doce encontra-se em geleiras ou em regiões subterrâneas (aquíferos). Somente 0,4% de água doce é encontrada em rios, lagos e na atmosfera; portanto, de fácil acesso ao consumo humano. Para você entender melhor, imagine uma piscina com capacidade de 1.000 litros: são 975 litros de água salgada e somente 25 litros de água doce. Destes, apenas 100 ml (quantidade igual a um copo americano) estariam disponíveis para o consumo. Com o desenvolvimento das indústrias e o crescimento das cidades, aumentou o consumo de água. A poluição também aumentou, atingindo principalmente os reservatórios de água da superfície, matando rios e lagos. Não podemos nos esquecer de que 70% do oxigênio do planeta é produzidos por algas que habitam rios, lagos e oceanos. O Brasil possui a maior disponibilidades hídrica do planeta, com cerca de 13,8%, sendo que: 68,5% dos recursos hídricos estão localizados na região Norte que possui 7% da população brasileira: 6% estão na região Sudeste, com quase 43% da população; 3% estão na região Nordeste onde habitam 29% da população.
*****************
Suscite após a leitura uma conversa sobre o assunto tratado. Apresente um globo para as crianças visualizarem a distribuição e quantidade de água existente no planeta. Solicite que representem através do desenho de um gráfico de setor a distribuição da água na Terra, usando cores diferentes para diferenciar a água doce e salgada, assim: oceanos e mares - 97% ; geleiras inacessíveis – 2%; rios, lagos e fontes subterrâneas -1%.
(fonte: livro de ciências 6º ano - Carlos Barros)
FLEXIBILIZAÇÃO DE RECURSOS E TEMPO
Na hora da construção dos desenhos, retome o que é gráfico de setor.
Use um mapa hidrográfico para que o aluno visualize melhor as informações do texto. Poderá construir um gráfico de setor usando cordão, palito de picolé ou grãos em uma cartolina para fixar na sala.
3º MOMENTO
LEITURA DE POEMA
POEMA DA ÁGUA
A água também nasce pequenina
- Nasce gota de orvalho ou de neblina...
A água também tem sua infância
- Quando apenas riacho cantarola
Brinca de roda nos redemoinhos...
E arranca as flores que a marginam
Para engrinaldar a cabeleira solta
Sobre o leito revolto das areias...
A água também tem a adolescência
- Sonha lagos românticos à lua...
A água também tem maturidade
- Fica serena e grave em rios fundos...
A água também tem sua velhice
- E de ver-lhe os canelos muitos brancos
Onda lenta de espuma destrinçada em neve, nos ares flutuando...
A água também sofre... E quando sofre
Se faz divina e vem brilhar em lágrimas
Ou se reflete a dor da natureza
Geme no vento transformada em chuva.
A água também morre... E quando seca
- E a sua morte entristece tudo:
Choram-lhe, enfim na desolação,
Todos os seres vivos que a rodeiam...
Bendita seja, pois, água divina
Que fecunda, consola, dessedenta,
Purifica...

( www.revista.agulha.nom.br )
Após a leitura, conversar sobre o poema. Perguntar sobre o que eles entenderam quando o autor fala: “A água também nasce pequena como gota de orvalho ou de neblina e morre quando seca, entristecendo todo mundo”.
Neste momento, o professor poderá fazer uso de algumas experiências como:
- colocar uma plantinha em água limpa e outra em água suja (observar a duração de vida da mesma).
- Deixar uma plantinha ficar totalmente sem água em seu solo: ficará murcha, depois acrescentará a água e ela irá reviver (mostrará a importância da água aos seres vivos).
- Com uso do espelho, ele poderá demonstrar a água em forma de vapor, assim entenderá melhor a neblina, orvalho, como nasce a água etc...
- Proporcionar aos alunos um momento de leitura com os seguintes livros:
- A água e a vida – Patrícia Secco
- As aventuras de uma gota - Samuel Murgel Branco.
A partir das leituras fazer pequenas dramatizações (filmar para que eles assistam depois).
4º MOMENTO
Leitura da História: “Seis razões para cuidar bem da água (Nilson Machado)”.
Depois da leitura, listar oralmente com as crianças as razões por que devemos cuidar bem da água. Após essa conversa, solicitar que registrem por meio do desenho e da escrita as razões para cuidar bem da água. (registrar na cartilha sugerida anteriormente).
5º MOMENTO
MÚSICA E DANÇA

Conversar na roda sobre os estados físicos da água, despertando a curiosidade das crianças, com a descoberta do movimento da água. Pergunte:
- A água apresenta-se na natureza sempre do mesmo jeito?
Para responder essa pergunta, proponha a escuta da música: Planeta Água – de Guilherme Arantes.
Escute pelo menos duas vezes. Inicie a conversa após a música, indagando: Como a água se apresenta na Natureza?
FLEXIBILIZAÇÃO DO TEMPO
O Professor poderá apresentar um cartaz que represente o ciclo da água, para que os alunos relembrem os movimentos da água (precipitação, infiltração, combustão, transpiração, evaporação e respiração) ou na sala de tecnologia no site you tube: as etapas do ciclo da água.
PLANETA ÁGUA (Guilherme Arantes)
Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão.
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão.
Águas escuras dos rios
Que levam
A fertilidade ao sertão.
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população.
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas
Ronco de trovão
E depois dormem
Tranquilas
No leito dos lagos.
Água dos igarapés
Onde iara, a mãe d’água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão.
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris
Sobre a plantação.
Gotas de água da chuva
Tão triste. São lágrimas
Terra! Planeta água.
Organize uma releitura da música através da técnica de pintura mista para demonstrar o movimento das águas.
Procedimentos para a pintura:
1º - Cole duas folhas de cartolina branca demarcando o espaço de cima para pintar o céu e as nuvens. A parte de baixo para a água dos rios, lagos e mares.
2º - Coloque a cartolina no chão e divida em grupos para pintar o céu. Depois de seca, o outro grupo, com esponjas e tinta branca pinta as nuvens.
3º - Enquanto isso, os outros grupos estão desenhando com hidrocor e lápis colorido os mares, os rios, os lagos para recortar e colar na cartolina. Podem ser introduzidos outros elementos nos desenhos, tais como: recorte de casas, pessoas, plantas, animais, aves, peixes para compor o cenário.
4º - Após esse momento, o professor organiza as crianças sentadas no chão com os desenhos recortados para serem colados um a um na cartolina já pintada e seca.
Exponha a produção no mural da sala, com a letra da música do lado. (não esqueça de fotografar cada momento).

O professor poderá ainda propor uma coreografia da música (sugestão: meninas de saias de TNT cor azul, tiras de TNT azul nas mãos, fazendo um balanço conforme a música. Pode acreditar, as crianças consegue organizar esta dança. Fica muito bonito.)
AVALIAÇÃO
- Será de forma contínua, observando sempre a cooperação e a colaboração do trabalho desenvolvido com o grupo durante todas as produções.
- Perceber se as crianças demonstraram compreender a importância da água para a vida;
- Observar, através de cada produção e das falas, se houve mudanças de atitudes em relação ao uso da água na escola.

PLano de aula

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
PLANO DE AULA
SÉRIE: Jadim II
HORAS- AULA: 1 h/a
Participantes: Lucia Regina de Araujo da Silva e Cleuza Eurides


Objetivo: Levar as crianças a aprenderem comparar quantidades, e diferenças resolver problemas e desenvolver a capacidade de argumentar em grupos .
Conteúdo: Raciocínio lógico matemático
.

Material: Blocos Lógicos

Metodologia: O professor dirá as crianças que irão construir um trenzinho, onde para colocar as peças elas deverão contar com duas diferenças da anterior, que poderão ser diferença de (circulo, triangulo, retângulo, quadrado e cor). Cor e tamanho ou tamanho e diferença. Dependendo do envolvimento da criança com a brincadeira poderá ser sugerido novos jogos.

.Avaliação:
- Observar se conseguiram entender a brincadeira e se vai ser útil;
- Analisar o comportamento do aluno;
- E finalmente se houve raciocínio lógico

Plano de aula

Projeto de extensão
Vigotski e a teoria Histórico-Cultural: subsídios teóricos e metod. para compreender a deficiência mental.

Plano de aula

Deuzélia Alves Gomes
Elizangela Ferreira de Andrade
Sidilene Eugênia – UEMS

Especificidade: Deficiência visual e intelectual
Faixa Etária: 3º ano
Tempo estimado: 2 aulas
Disciplina: Matemática
Objetivo: Através do jogo desenvolver o conhecimento da multiplicação, por meios concretos, além de trabalhar a sensibilidade tátil, através da atividade lúdica.
Conteúdo: Multiplicação
Material necessário: Dado, tabela com auto-relevo, números em EVA.
Metodologia: O produto das faces do dado deve ser indicado numa tabela. Ganha quem preencher primeiro, dessa forma o aluno aprende a multiplicar. No começo usar numerais em EVA para efetuar os cálculos com a mediação do professor. Aprender a interpretar o que é 2 x 3 e vice versa.
Flexibilizações necessárias: Se necessário usar tampinhas de garrafas para que eles possam compreender melhor.

Fotos do 13° Encontro


As participantes realizam uma atividade de classificação das peças dos Blocos Lógicos



No 13° encontro, discutimos estratégias metodológicas para promover o desenvolvimento cognitivo de alunos com deficiência intelectual, pensando na emergência de funções psicológicas superiores. Os Blocos Lógicos, os quebra-cabeças e os jogos da memória foram mostrados e os participantes puderam interagir com os materiais, emprestados pela brinquedoteca da UEMS-unidade de Paranaíba.


Na foto, peças do material "Blocos Lógicos" e um quebra-cabeça de madeira montado.






A participante procura uma peça do material "Blocos Lógicos" para resolver uma atividade proposta: o jogo da diferença.



As participantes exploram o quebra-cabeça em madeira.






As paricipantes avaliam as possibilidades de uso de um jogo da memória.





O mediador e a turma discutem o texto de LURIA sobre lo funcionamento da linguagem em crianças com deficiência intelectual.































































































sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Memórias da Extensão


Minhas recordações

Em minhas recordações, lembrei-me de Júlia, uma amiga que tive na infância. Ela era como o “Sol”. Sem dúvida, era muito especial, iluminava a todos com seu jeito meigo de ser. Mas Júlia não era especial só por não saber falar, mas sim porque onde estava, todos a rodeavam querendo um pouco dela para eles, isto é, de seu sorriso, sua espontaneidade e seu carinho. Esse era seu modo de ser!
Eu tinha muita vergonha de conversar com ela, pois não sabia falar com ela, com todos aqueles sinais difíceis de entender, que hoje sei que é LIBRAS, a língua brasileira de sinais; mas um dia sua mãe Rosana nos disse que não precisávamos ter medo ou vergonha de falar com a Júlia, mesmo que fosse oralmente, pois ela sabia ler os lábios da gente e foi a partir disso que comecei a conversar com ela
Ela, de fato, me entendia. Lia meus lábios. Sorria para mim, sempre afirmando ou negando algo. Criamos um vínculo de amizade surpreendente entre nós. Foi assim que eu passei a entendê-la melhor, porque todos a amavam.
Segundo sua mãe, D. Rosana, seu problema foi diagnosticado desde muito cedo. Júlia não ouvia e, com isso, ficou também “muda”. Mesmo sendo tratada, com o uso de aparelho auditivo, ela não conseguiu desenvolver sua fala corretamente. Ela falava “embaralhado” como uma criança que ainda está aprendendo a falar suas primeiras palavrinhas.
Júlia tinha e ainda tem uma vida “normal”. Estudou, namorou, freqüentou festas e rimos muito juntas. Hoje o tempo passou e como Júlia estará? Qualquer um pode me perguntar e minha resposta será: ela está bem, pois pessoas especiais como ela merecem viver tudo de bom que a vida tem a oferecer!!!
Pessoas com deficiência: minhas memórias


Em toda a minha vida, estudei em escolas púbicas, onde era difícil ver uma criança com necessidade especial. Mas um dia, não me recordo em que série estava, uma garoa “diferente” entrou na minha sala. Viramos amigas. Ela tinha uma dificuldade na fala muito grande e seu desenvolvimento não era “igual” ao dos outros. Os professores também não se esforçavam para que fossem superadas suas dificuldades. Lembro que ela ia para o banheiro e ficava chorando por horas, pois os coleguinhas ficavam zombando dela. Era muito difícil e ela acabou saindo da escola. Uma vez, depois disso, eu a encontrei e ela me disse que estava com começo de depressão. Disse-lhe que não ligasse para o que os outros falavam, mas eu sabia que não era fácil para minha amiga simplesmente ignorar o preconceito dos outros.
Outra vivência que também tive com pessoas com deficiência foi com um surdo. Ele entrou em minha classe. Sabe, a gente se esforçava para transmitir a ele a explicação, pois na sala ainda se tinha intérprete. Assim, a gente ia escrevendo a explicação, mas, mesmo dessa forma, ele podia aproveitar muito pouco de tudo o que era visto em aula.
Hoje sei que ele terminou o Ensino Médio, mas, como nos diz, “não foi fácil”. Aprendeu muito pouco, pois os professores o ignoravam, fingiam que ele nem estava na sala, sendo que às vezes, quando queria perguntar algo, o professor simplesmente olhava para o outro lado...
Em toda a minha vida escolar, vi que a realidade para pessoas que têm algum tipo de deficiência não é fácil. Por isso, agora me interesso muito pelo assunto de inclusão, pois serei uma futura educadora e quero estar preparada para ajudar a todos que estiverem ao meu lado!!!!!

Memórias da Extensão

Minhas Memórias

Meu nome é C. N. M. S. Quando iniciei meu primeiro ano escolar eu tinha seis anos completos, e a professora que dava aula perto da minha casa estava precisando de mais uma aluna para completar uma turma de primeiro ano. Esta escola tinha alunos mistos do primeiro ao quarto ano.
Nós morávamos em um sítio no município de Guararapes, próximo de Araçatuba – Estado de São Paulo. Eram vários sítios e muitas fazendas de café. No sítio, meu pai era “retireiro”, isto é, “tirador de leite”. E, neste sítio, tinha uma família que tinha dois filhos, a Alice e o Ademar. A Alice ia para a escola, mas o irmão dela nunca ia e nunca estava com as outras crianças para brincar.
Esta escola tinha uma igrejinha e todos os filhos dos empregados dos sítios vizinhos iam para a escola, faziam catequese e iam à missa que se realizava uma vez por mês. Mas o Ademar não participava de nada, nem com seus pais na missa ou mesmo quando tinha alguma festa.
Perguntava para minha mãe por que ele só ficava em casa. Ela só dizia que ele tinha problemas de saúde, que desmaiava e, por isso, a mãe dele não o deixava ir para a escola, porque a professora não poderia cuidar dele, quando precisasse.
Isso foi no ano de 1960. Muitas vezes nós íamos com nossa mãe à casa da mãe do Ademar, a Dona Maria. Ela dava um jeito de levá-lo para o quarto e não o deixava nem brincar conosco. Ele era um menino de mais de sete anos; parecia não ter nenhum problema, embora não falasse direito. Andava e era um menino muito triste. É só o que lembro. Moramos quatro anos neste lugar. Depois, nunca mais soube do Ademar.
Muitos anos depois, quando eu já estava casada e com três filhas, que estudavam na Escola Adventista de Hortolândia, algo aconteceu que lembrou minha infância. Minha filha Raquel já estava na quinta série e nesta escola ela tinha um amigo, na mesma sala, com deficiência física. Este acompanhava a turma sem nenhum problema. Ele concluiu a oitava série como um dos melhores alunos. Lembro que minha filha e todos os colegas tinham muito carinho, admiração e respeito por ele.
Assim, em 1992, todos os formando da Escola Adventista prestaram uma linda e maravilhosa homenagem o querido amigo de turma, que até hoje, é muito lembrado. Continuou os estudos e ainda mora na região de Campinas, no Estado de São Paulo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Relato de uma prática pedagógica

Meu nome é Elis Regina Buarque (psedônimo). Durante algum tempo, fui professora de uma aluno com deficiência intelectual. Nos primeiros dias senti muita dificualdade em saber como trabalhar com ele dentro de uma sala de aula com 25 alunos. Então, comecei a fazer um prévio diagnóstico com professores e funcionários que estavam presente no seu cotidiano nos anos anteriores, investigando quais eram suas atitudes com o professor, como era dentro da sala de aula, o que mais gostava de fazer e quais eram suas HABILIDADES etc. Fiquei mais apavorada, pois eles me disseram que era agressivo com a professora, não gostava de ficar dentro da sala de aula e não fazia amizades. O que mais gostava era brincar na aula de educação física, quando era na quadra.
No decorrer desta prática, eu pude observar que os funcionários assumiam uma postura PATERNALISTA e de ASSISTENCIALISMO. Isso estava dificultando a relação do professor e o aluno e a socialização com as outras crianças. Aos poucos, fui conversando com eles e sugerindo atitudes desde a hora em que ele chegava até a saída. Comecei a trabalhar provocando situações que ele pudesse partilhar com outras crianças, já que ele tinha fala, visão...Ele não tinha, porém, coordenação motora para a escrita. Eu elaborava atividades em grupo, pensando nos seus limites e possibilidades e ele passou a ficar fora da sala basicamente só nos momentos em que todos podiam fazê-lo.
Tudo se tornou mais fácil. Ele adquiriu uma socialização com os colegas dentro da sala e fora, na hora do recreio e do lanche. A amizade com os funcionários se tornou formal. Em momento algum, me agrediu e permanecia na sala de aula normalmente. Exceto quando ele chegava com reação dos medicamentos e tinha necessidade de fazer atividade extra-classe com jogos que estimulassem sua auto-estima (sic!).
Acredito que a inclusão social é possível acontecer de forma correta, desde que os professores tenham apoio dos profissionais da escola, conheçam as potencialidades do seu aluno, tenham conhecimento do laudo médico ("não para rotular, mas para intervir!") bem detalhado e acreditem que ele pode ir além do que pensamos.
Ao término do ano, meu aluno havia adquirido autonomia para ir sozinho à biblioteca escolher o livro de sua preferência, mesmo que fosse apenas para interpretar as histórias por meio das ilustrações ou contada por outras pessoas. Ia ao banheiro sozinho, narrava sua história oralmente e gostava de participar nas atividades expositivas. Infelizmente, não consegui alfabetizá-lo nas leitura e escrita, mas fiz por ele o que estava ao meu alcance e acredito que, com mais tempo, ele pode aprender a ler e escrever, busacando-se novos recursos e estratégias pedagógicas.

Resultados da Avaliação realizada

Pessoal, fazendo a divulgação dos resultados da avaliação que vocês fizeram sobre o projeto:

Quanto à temática abordada (deficiência intelectual, de acordo com a Teoria Histórico-Cultural): 58,33 % consideram necessária para a práxis edcuacional
41, 67% consideram muito relevante para a práxis educacional

Quanto às metodologias usadas: 66, 67% avaliam como excelentes; 8,33% acham boas, mas poderiam ser melhor; 25% as consideram satisfatórias;

Quanto ao desempenho do mediador/ministrante: 58,33% avaliam como bom; 41, 67% consideram o desempenho do ministrante excelente;

Quanto às expectativas inicias em relação à proposta do projeto, 25% alegam que estas foram parcialmente atendidas; 75% alegam que foram atendidas;

Quanto à interatividade entre os participantes e o mediador: 41, 67% julgaram excelente; 50% avaliaram como boa e 8, 33% consideram satisfatória.

A avaliação foi respondida por 12 pessoas que participam ou participaram do projeto.

Memórias da Extensão: entrecruzando passado e presente para fazermos um futuro diferente

Voltando à Infância
Ao retomar a minha infância, buscando recordações referentes a pessoas com deficiência que conviveram comigo, veio-me à memória a minha prima Marilda¹. Naquela época, eu devia ter uns sete anos e, de repente, tive a notícia de que minha prima estava muito doente e não havia diagnóstico certo. Ela tinha então oito anos.
Depois de semanas internada no hospital desta cidade (Paranaíba), ela foi levada para São José do Rio Preto, onde foi constato que estava com meningite.
A sua recuperação foi lenta e, como morávamos em sítios vizinhos, todos os dias eu a via. Não demorou muito para que, com nossa perspicácia infantil, percebêssemos que Marilda não se comportava da mesma forma que antes.
A princípio tínhmanos paciência com ela. Éramos muitas crianças, mas, com o passar do tempo, essa paciência foi se esgotabndo e a gente se recusava a brincar com ela. Às vezes, fazíamos até com que chorasse e fosse contar para nossas mães.
Hoje, lembro-me com tristeza que sequer passava pela nossa cabeça ter paciência com aquela criança que, por vezes, era muito "lenta" e outras vezes ficava nervosa e chorava sem motivo algum. Seus gestos eram sempre repetitivos e ela era muito "carente".
Não consigo me lembrar de sua vida escolar, mas acredito que, com a professora que tínhamos à época, na área rural, com salas multisseriadas, não houve avanço algum.
Só me lembro dela deixando a escola, pois não conseguia aprender e, a partir daí, automaticamente, ela era excluída de quase tudo, como de festas de nossa juventude, passeios etc...
Hoje, ao recordar de minha prima, penso que muita coisa teria sido diferente se houvesse menos preconceito quanto à sua pessoa. Agora, Marilda tem 47 anos, vive com seus pais, que têm uma grande preucupação com seu futuro.
Memória escrita pela acadêmica L. R. A. S. para o projeto de Extensão Vigotski e a Teoria Histórico-Cultural : subsídios teóricos e metodológicos para compreender a deficiência intelectual.
"De"
A cidade em que morava era muito pequena, no interior de São Paulo. Foi nessa cidade que passei a infância e a adolescência. Quando tinha meus 8 anos, convivi com uma pessoa com deficiência intelectual. Era o Delamar², mais conhecido como "De". Sempre que eu brincava em minha vizinha, ele estava lá. Às vezes, ele tinha diversas crises e, para mim, era muito triste deparar com cenas nas quais eu o via gritando muito alto seu próprio nome. Eu não sabia o porquê daqueles gritos e de sua maneira de agir.
Sua mãe era calma e ele sempre estava junto dela, quando ela passeava ou fazia caminhada. Ele estava sempre com sua mãe. Quando eu era mais nova, tinha muito contato com ele: conversava, cumprimentava-o, mas na adolescência eu não o via tão frequentemente. Era difícil o dia em que eu o encontrava, até que, em minha férias da faculdade, sem querer, deparei-me com ele. E- que engraçado!- ele se elembrou de mim, dizendo-me um"oi" e o meu nome...


Memória da acadêmica D. A.

¹,² Os nomes apontados são fictícios e o nome dos participantes foi preservado, colocando-se as iniciais ou pseudônimo.

Dica Pedagógica!!!






Nas aulas de matemática ou mesmo no AEE você pode trabalhar o jogo de boliche ( ou qualquer outro) e realizar, com os alunos um registro de pontos em forma de gráfico, com a pontuação de cada um. Isso promove o desenvolvimento da abstração, das noções de quantidade (mesma, diferente, maior , menor), da comparação (por dados em relação) e da representação simbólica, além de ajudar os alunos com deficiência intelectual a compreender melhor as informações de um gráfico, forma de organização de ideias e dados com a qual se depararão bastante na cultura, já que é um signo culturalmemte elaborado pelo homem para organizar e visualizar de modo esquemático diversas informações. O gráfico deve ser feito inicialmente de forma concreta, com caixinhas de fósforo, por exemplo, com a quantitade de pontos de cada criança. Faça no papel pardo, sendo o eixo vertical a quantidade de pontos e o eixo horizontal o nome dos alunos (A, B, C no meu modelo). Esse modelo é um gráfico de colunas. Fica visível quem fez mais pontos, quantos a mais, a menos, etc. Depois, você terá condições de avançar para a generalização conceitual do que é gráfico, quais os outros tipos, o que ele representa, passando a usar a representação apenas desenhada, pois as crianças já vão ter facilidade para imaginar e ler o gráfico. Lembrem-se: primeiro o comportamento forma-se por procedimentos externos, por interações verbais e práticas entre pessoas, para, depois, internalizar-se como forma interiorizada de conduta. Por isso, a mediação de objetos, instrumentos e da linguagem é fundamnetal nesse processo!!!Aproveitem!!!



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Links úteis

Vejam esses sites: tem dicas de materiais, textos, animações, jogos. Excelente para pedagogos:

http://sitededicas.uol.com.br/

http://www.atividadeseducativas.com.br/

http://inclusaobrasil.blogspot.com/

http://inclusaobrasil.blogspot.com/2010/07/cartilha-educacao-inclusiva-fique-por.html

http://inclusaobrasil.blogspot.com/2010/07/dez-coisas-que-todo-aluno-com-autismo.html
Alguns recursos úteis para promover o desenvolvimento de crianças com deficiência intelectual, fáceis de se fazer: alfabeto móvel com tampinhas de garrafa PET, calendário com os números, meses, ano, dias em velcro; boliche com garrafa PET (explore cor, quantidade, tamanho, atribua pontos diferentes a cores diferentes, para a apropriação de cálculos e simbolização -> o verde representa 10, etc ). Jogo da memória e quebra-cabeças. Não deize de usá-los. Para fazer um boliche, pegue algumas garrafas PET (6 no mínimo), pinte de cores vibrantes, como azul, amarelo, vermelho, etc e combine o valor delas com as crianças. Pergunte:Quem derrubou mais, por quê? Quantas a mais ou a menos? Quantos pontos fez cada um? E ao todo? Você pode até introduzir o registro escrito, construir tabelas ou gráficos. Os gráficos podem ser feitos usando caixinhas fósforo, de acordo com a quantidade derrubada. Isso facilita a comparação e todo o desenvolvimento cognitivo. Experimente!!!









Dica Pedagógica!!!

Olá, pessoal

Uma dica interessante para proporcionar o desenvolvimento cognitivo e verbal de crianças com deficiência intelectual é o uso de Blocos Lógicos. Primeiro, leve-os para sua sala de aula ou sala de recursos multifuncionais e deixe os alunos explorarem livremente. Aos poucos, comece a sistematizar o uso do material, levando as crianças a perceber as formas geométricas, as cores, os tamanhos e as espessuras. Uma maneira prazerosa de fazer isso é criando uma história que exija das crianças a percepção de atributos e a argumentação. Ex: brincadeira de caça ao tesouro. Distribua uma peça do material para cada criança. Fale assim para os alunos: "Fiquei sabendo que existe um tesouro para nós aqui nesta sala, escondido para vocês. Uma só pessoa tem a chave!Vamos procurá-lo?...A chave do tesouro está com quem tem uma peça azul...(comece dando pistas cada vez mais complexas). Vou dar mais uma pista: é um triângulo....(espera um pouco)... é grande...é fino..." A brincadeira promove a argumentação verbal das crianças, a comparação, a discriminação visual (o que leva à abstração de traços percebidos e, consequentemente, à generalização), a memorização, a atenção voluntária, a imaginação, enfim muitas outras funções psíquicas superiores!!!!O tesouro pode ser uma saco de balas, a ser dividido entre TODOS!!! Não estranhe a algazarra!!! Deixe-as falar, é importantíssimo!!!


Você ainda pode variar de outras formas, como: Um marinheiro, depois de um naufrágio, ficou preso numa ilha misteriosa. A condição para ele reaver sua liberdade é resolver um desafio, que o soberano dessa ilha lhe propôs, querendo se divertir. Num monte de peças coloridas, multiformes, o rei disse ao marujo: Se descobrires o enigma que te proponho, és de novo homem livre. Atenção às pistas e seja rápido, pois se não conseguir, entrego-te aos leõs ferozes!!! E, no meio daquela miríade de peças, o marinheiro se viu tentando decifrar o problema do rei. A peça que quero é vermelha...(as crianças vão reproduzindo as ações para ajudar o marinheiro e quem tem uma peça vermelha já fica em alerta). O marujo rapidamente separou com espantosa velocidade tais peças. É como a lua cheia (complique para tornar mais divertido, ou seja, é um círculo: veja que aqui as crianças devem generalizar o formato circular com base em outros contextos) e, num instante, o marinheiro separou consigo todas as peças circulares. Mas é pequena, como meu coração. O rei ria às garagalhadas da pressa do marujo, que tratou de isolar os círculos menores. Por fim, é grossa como as camadas de minha armadura...Achei!!! Gritou, nesse momento, o marinheiro, mostrando o CÍRCULO VERMELHO, PEQUENO E GROSSO!!! Oh, rei, se fui tão veloz, dá-me a liberdade. Não creio que seja tão pequeno vosso coração, a ponto de entregar aos leões um pobre náufrago em vez de lhe deixar partir para rever a família que o espera. E o rei, comovido, com tais palavras, admirado da inteligência do marinheiro, deixou-o a partir, dizendo: "Marinheiro, és um homem esperto, dou-te consentimento a partir. E, assim, o marinheiro voltou para sua casa, num barco que o rei lhe deu, feliz com a chave de sua liberdade, que tornou seu novo amuleto...(Invente outras maneiras de contar). As crianças vão adorar, porque estarão participando da brincadeira!

Proponha sequências diversas e cada vez mais complexas, combinando várias peças e atributos do material, como triângulo vermelho grande, grosso; triângulo vermelho pequeno grosso; vermelho, grande fino; vermelho, pequeno, fino; azul, grande, grosso; azul, pequeno, grosso e peça para completar o padrão. Prponha diferentes modelos de sequência, inclusive os tradicionais "trenzinhos". A sequenciação é estimula o raciocínio lógico da criança e o pensamento verbal, sendo base para generalizar conceitos e levar a formação de regras gerais de ação. Peça a criança para comentar suas escolhas, pois assim ela verifica seu pensamento, ao mesmo tempo que internaliza procedimentos lógicos. Não deixe de fazer!!!

Veja as fotos do material, gentilmente emprestado pelo laboratório de Pedagogia da UEMS, usados em nosso 12° encontro da extensão na UEMS








Fotos 12° Encontro